De acordo com o protocolo de 2010 da American Heart Association (AHA), a hipotermia terapêutica deve ser considerada como um dos cuidados pós-parada para os pacientes que permaneceram comatosos após uma parada cardiorrespiratória. Esse procedimento consiste em reduzir a temperatura corporal para 32-34ºC na tentativa de diminuir os danos neurológicos através de diversos mecanismos,como redução do consumo cerebral de oxigênio e liberação de cálcio intracelular, suprimindo reações químicas de radicais livres e outras responsáveis pela lesão de reperfusão. O resfriamento também age preservando os sistemas cardiovascular e respiratório.
Nos últimos dois anos, a indicação de hipotermia passou a ser questionada, mas não contra-indicada. Assim, um estudo disponível no blog Manole Educação se propôs a avaliar situações ou fatores específicos que se correlacionam com melhor prognóstico quando o paciente recebe esse suporte terapêutico. Após analisar retrospectivamente pacientes submetidos à hipotermia terapêutica, chegaram à conclusão de que os fatores mais importantes no prognóstico neurológico foram: Ritmo inicial de PCR, Tempo de colapso ate retorno a circulação e Ph na admissão, e que o resfriamento precoce e o rápido alcance a temperatura alvo podem ter seu papel, porém parece ser menos importante que outros fatores.
Para ler mais sobre o estudo, acesse: http://blog.manoleeducacao.com.br/?p=618